sábado, junho 21, 2014

A Copa dos Artilheiros, dos Gols e das Surpresas


O que falar de uma Copa que tira o fôlego de qualquer expectador todos dias? O que dizer de uma Copa de 32 seleções que vem mantendo uma média de gols semelhante a dos anos 50 (que contava com 16 equipes, preparo físico desproporcional entre as seleções e níveis técnicos bem distintos)? O que falar de uma Copa que em 5 dias despacha uma seleção que ditou o padrão técnico/tático nos últimos 6 anos? Como explicar que a Costa Rica é a primeira que se classificar num grupo com Itália, Inglaterra e Uruguai? Ao contrário de muitos esportes, um dos aspectos mais apaixonantes do futebol é a sua grande imprevisibilidade e com ela a capacidade de destruir bolões, encher de esperanças times inferiores e frustar cruelmente os mais racionais dos especialistas. Esta Copa dá oportunidade aos expectadores de usar todos os jargões e lugares comuns para descrever partidas, lances e atletas - como a "garra uruguaia", "a estrela do Klose", "craque que craque é na adversidade que aparece" para falar do gol do Messi contra o Irã, "a bola pune" para descrever o gol perdido da Austrália contra a Holanda quando levou o gol na sequência, e tantas outras que usamos nos últimos 10 dias.
A grata surpresa é que tudo está acontecendo aqui em campos brasileiros. É como se o futebol estivesse agradecendo tudo que já vivemos e construímos para ele.

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