Apesar de ter a firme convicção de que isso só demonstra mais uma vez o despreparo de parte da nossa imprensa, pois a partida só confirmou mais uma vez aquilo que os amistosos de preparação já deixavam claro, o ponto a ser discutido não é esse.
A grande questão, creio eu, é que aos poucos o futebol brasileiro vai ficando para trás em relação a outros gigantes por conta da filosofia de seus treinadores e dirigentes. Quando Joachin Löw promoveu a entrada de Marko Marin, já perto do final do segundo tempo, era nítido o espanto de Galvão Bueno quando disse a Casagrande que era mais um jovem entrando em uma equipe que já contava com vários deles.

No ano passado, a nata da nova geração alemã venceu a Euro Sub-21 e ainda se deu ao luxo de humilhar a Inglaterra na final com um sonoro 4 x 0. A equipe convocada para disputar a fase final na Suécia contava com muitos jogadores que estavam em campo ontem (Neuer, Badstuber, Khedira, Özil, que acima aparece em foto do Zimbio, e Marin participaram da partida; Boateng e Kroos ficaram na reserva).
Um outro jogador daquele seleção, o lateral Andreas Beck, que joga na equipe da SAP :-P, estava convocado. No entanto, acabou cortado. Em seu lugar foi convocado Cacau.
Enquanto para a Alemanha o futuro já começou, o Brasil de Dunga conta com pouquíssimos jogadores capazes de disputar a próxima Copa. E essa situação só não é pior do que a da Itália, que também não tem presente. Não é por nada que a manchete do Corriere dello Sport hoje, quando estreia na Copa a atual campeã, é “Italia: ricorda chi sei”.
No entanto, ainda mais grave que a opção por um duvidoso imediatismo - ninguém pode absolutamente garantir que o experiente grupo de Dunga vá levantar a Copa apenas por causa disso - é ver que a filosofia histórica do futebol brasileiro (jogadores leves, habilidosos e técnicos) foi abandonada por essas bandas. E incrivelmente, ela vem sendo aplicada com propriedade por aqueles que antes aplaudiam a nossa capacidade técnica e o improviso do nossos jogadores, como alemães e espanhóis.
Possibilidades - Creio que até torcedores mais jovens, como Didi Pimenta e Pedro já sabem que Copa do Mundo é um torneio traiçoeiro. Nela, o menor erro pode custar a eliminação.
No entanto, a Alemanha, ao contrário do que muitos acreditavam, foi mais uma vez disputar a fase final de uma Copa com a ambição de voltar para Berlim carregando a taça.
O potencial da equipe é inegável, mas a juventude ainda cobra seu preço. Nos dois amistosos recentes contra equipes mais qualificadas (Argentina e Bósnia), o Nationalelf saiu perdendo por conta de desatenção no sistema defensivo.
Na partida contra os argentinos também foi possível observar um certo nervosismo na hora de buscar o empate.
É preciso dizer em defesa da jovem equipe de Löw que são pouquíssimas as seleções hoje que contam em seus elencos com jogadores do porte de Messi e Džeko, para ficar restrito aos principais talentos dos adversários recentes da Alemanha.
Assim, pela tradição em Copas e pelo peso da camisa, não é de se excluir que no próximo dia 11 vejamos novamente a cavalgada das valquírias em uma final de Copa.
Eu mudei completamente de idéia sobre a Alemanha. Fiquei surpreso coma Blitz que Özil, Müller, Klose e Podolski (o número 6 também) aprontaram pra cima da Austrália pois mesmo com os 11 jogadores no campo de defesa os australianos não viram a bola. Foram envolvidos e não conseguiram jogar. A Alemanha sobrou muito no jogo e particularmente gostei demais da atuação do Özil. Aliais só de sentir o temor de uma final Brasil x Alemanha com a dupla Özil/Muller indo pra cima do Felipe Melo/Thiago Silva, vou preferir cair nas semifinais do que levar outro 3 x0.
ResponderExcluirFoi uma pena ter notado este time só agora mas acho que teremos mais 6 jogos pra curtir. Obrigado FIFA pelos enquadramentos!
Pois é, a Alemanha pagou pela juventude do time, pela besteira do Klose e pela falta de pontaria do Podolski no jogo de hoje. Quando não foi isso, foi a trave e os zagueiros sérvios. Com o resultado o grupo está completamente aberto.
ResponderExcluirEm tempo: é o segundo jogo que ninguem acerta nada no bolão.
Com esses últimos resultados, a tendência é que a última rodada em vários grupos seja daquelas... Um verdadeiro teste para cardíaco, diria um certo narrador.
ResponderExcluirE um pequeno pitaco sobre a última partida da Argentina: Maradona sacou mesmo Verón, mas colocou em seu lugar Maxi Rodriguez e não o Bolatti, como sugeria no texto sobre as possíveis modificações para ele sanar os problemas nas laterais do gramado.
No entanto, os jogadores do meio e ataque mostraram uma aplicação incomum na marcação à saída de bola do adversário.
E isso acabou favorecendo muito o equilíbrio geral da equipe e mascarou bastante as fraquezas defensivas.
Srs. Eu pergunto: qual o percentual de acerto no bolão nessa segunda rodada? Os cartões vermelhos e a falta de criatividade estão acabando com os palpites! Pepper?
ResponderExcluirNo total houve 4 jogos que ninguém acertou nada (Espanha x Suiça, Grécia x Nigéria, Alemanha x Sérvia e Inglaterra x Argélia), sendo que 3 foram dos 7 jogos da segunda rodada.
ResponderExcluir