quinta-feira, outubro 07, 2010

Deputado sai mais caro no Brasil do que no 1º mundo

Pessoal, vou reproduzir aqui um texto do Blog do Josias (para acessar a fonte é só clicar no link deste comentário). O texto me deixou curioso para procurar e publicar alguns dos RESULTADOS que estes deputados geraram pelo mundo. Se aumentaram coberturas sociais, se facilitaram o empreendedorismo (desburocratizando leis e reduzindo impostos), se aumentaram a eficiência do estado (seja no gasto ou em compensações sociais), enfim, vai demorar mas vou procurar e publicar por aqui.

Li os posts de vocês e fiquei pensando como as coisas são curiosas. Pouco antes da Copa recebi de um amigo francês um e-mail intitulado "parabéns ao povo e ao congresso brasileiro", no e-mail ele dizia que a França deveria seguir o exemplo do Brasil e adotar uma lei de "ficha limpa"....

Segue o texto:

Os integrantes da Mesa diretora da Câmara manuseiam um estudo revelador. Encomendou-o o primeiro-secretário Rafael Guerra (PSDB-MG).


Traz a assinatura de três técnicos (veja os nomes na nota de rodapé). Traça uma análise comparativa do custo de um deputado em diferentes países do mundo.

O blog obteve cópia do documento. Os números revelam que um deputado brasileiro custa mais ao erário do que os seus congêneres de nações ricas e desenvolvidas.

Entre os países listados no estudo, os EUA figuram como única exceção. Em todos os outros o parlamentar custa ao contribuinte menos do que no Brasil.

O levantamento leva em conta o salário e as chamadas verbas de representação, que cobrem as despesas relacionadas com o exercício do mandato.

Considerando-se o custo individual do deputado, a coisa ficou assim:


EUA: até R$ 3.814 milhões por ano;
Brasil: até R$ R$ 1.274 milhão anuais;
Alemanha: R$ 1.004 milhão;
França: R$ 736 mil;
Grã-Bretanha: R$ 699 mil;
Chile: R$ 545 mil;
Itália: R$ 469 mil.

Fez-se também uma comparação do custo de um deputado considerando-se a população de cada país. Estimou-se quanto sai do bolso de cada contribuinte.

É esse o pedaço do estudo mais festejado pelos dirigentes da Câmara. O Brasil, por populoso, desceu ao último lugar do ranking. Ficou assim:

Grã-Bretanha: o deputado custa R$ 7,37 para cada mil habitantes;
Alemanha: R$ 7,37 por grupo de mil habitantes;
França: R$ 6,63 por mil;
EUA: R$ 4,88 por mil;
Chile: R$ 3,94 por mil;
Brasil: R$ 3,29 para cada mil habitantes.

O estudo da Câmara eximiu-se de fazer uma comparação que talvez seja a mais relevante. Deixou-se de levar em conta as diferenças de renda dos cidadãos de cada países.

Tome-se o exemplo da Grã-Bretanha, acomodado no primeiro lugar do ranking de gastos no recorte que leva em conta o número de habitantes.

O PIB per capita dos 61,1 milhões de britânicos é quatro vezes mais alto do que o dos 198 milhões de brasileiros.

Se tivesse esmiuçado esses dados, o trabalho da Câmara teria concluído que o custo de um deputado brasileiro supera em dez vezes o de um colega britânico.

Elaborado no calor do noticiário sobre a farra das passagens aéreas, o estudo também informa como os deputados estrangeiros utilizam os bilhetes aéreos.

Nos EUA, o Tesouro banca os vôos de parlamentares, assessores ou prestadores de serviço em missão comprovadamente oficial.

Viagens ao exterior, só quando autorizadas pelos presidentes da Câmara ou da comissão a que pertence o deputado. São proibidas as viagens de caráter pessoal, político ou de campanha. Cônjuges e familiares podem acompanhar o deputado em missões oficiais.

Na Grã-Bretanha, o erário cobre as viagens entre o distrito de origem do deputado e Londres. Fora disso, só com autorização prévia. Vôos para outros países da União Européia, só a serviço. Três por ano. Cônjuges e filhos menores de 18 anos dispõem de uma cota de 30 bilhetes por ano para viagens entre o distrito eleitoral do deputado e Londres.

Na França, há uma cota anual de 40 passagens (ida e volta) entre Paris e a circunscrição eleitoral do deputado. Fora desses limites, seis bilhetes anuais.

No Chile: cota anual de 60 passagens. Desse total, 48 são nominais. Só podem ser usadas pelo deputado. Doze podem ser cedidas terceiros, por indicação do titular do mandato.

Na Alemanha, são reembolsadas as despesas feitas pelos deputados em vôos domésticos. Há uma cota de R$ 16,5 mil para viagens de trem.

Na Itália, os deputados dispõem de passes para viajar de graça de avião, trem e navio. Recebem auxílio anual o deslocamento até os aeroportos: entre R$ 9,3 mil e R$ 11,2 mil.

Nesta terça (19), os deputados brasileiros foram apesentados a uma novidade. Em vez da miríade de cotas (indenizatória, postagem, telefone, impressão, assessores, etc) vão dispor de uma supercota. Os valores continuam os mesmos – entre R$ 23 mil e R$ 34 mil mensais, a depender do Estado de origem do deputado.

Desfraldou-se uma promessa de cortes. Não chegará ao bolso do parlamentar. Se levada a efeito, afetará o custeio da Câmara. Pretende-se podar R$ 291 milhões do orçamento de 2009.

12 comentários:

  1. Interessante. Realmente bem interessante.
    E mudando um pouco de assunto, uma coisa que havia comentado naquele almoço do domingo retrasado com o Pepper...

    Da edição on-line do The Guardian:
    In the financial year 2008-09, Liverpool earned £42m from gate and match-day income. Manchester United generated £109m and Arsenal £100m in the same period. United's good fortune in having access to acres of land to redevelop Old Trafford, and Arsenal's exhaustive fight to construct the Emirates, means they earn more from home matches per season than from TV and broadcasting. Liverpool are among those clubs for whom TV and broadcasting revenue outweighs match-day earnings.

    http://tinyurl.com/36c345g

    ResponderExcluir
  2. BOM DILMINGO para todos!!!

    são os votos dos zebas.

    ResponderExcluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. Zeba, cheguei tarde, mas bom Dilmingo para você também. Fiquei muito feliz com o resultado.

    ResponderExcluir
  5. Bem, quem venceu a prisão, a tortura e o câncer, certamente tem força de vontande suficiente para encarar os problemas do Brasil. Que tudo dê certo!
    --------
    Acabada a disputa eleitoral, espero que esforços para uma copa minimamente descente sejam feitos a partir de agora. Em relação aos estádios, somente Mineirão e Fonte Nova parecem estar minimamente dentro do prazo mas resto não parece andar e ainda assistimos a discussão bisonha sobre a abertura em São Paulo. No caso de infra-estrutura a coisa tá triste e ao invés de vermos incentivos o que há até o momento é falta de coordenação. Faltam 31 meses para a Copa das Conferações e alguém de vocês acredita que estará tudo pronto até lá?

    ResponderExcluir
  6. Pepper, minha aposta é que não. E nesse caso específico, a culpa não será da Dilma. O Lula, ao deixar Ricardo Teixeira tomar conta do comitê para a Copa-14, arrumou uma encrenca sem tamanho para quem vencesse a eleição do último domingo.

    Até aqui, depois da conquista do tetra, vi o presidente da CBF baixar a cabeça e aceitar críticas calado apenas uma única vez: na segunda-feira depois da derrota para a Holanda, na última Copa, quando concedeu uma entrevista coletiva ao pessoal do Galvão Bueno, no "Bem, Amigos".

    Ao contrário dos demais políticos com quem a Dilma terá que conviver, Ricardo Teixeira sabe que tem um poder enorme nas mãos e vai mandar, e não pedir as coisas para a presidente.

    Se Sarney, Temer, Dirceu etc. sabem que têm algo a perder batendo de frente com Dilma, Ricardo Teixeira está perfeitamente consciente de que com ele a equação é um "pouco" diferente.

    O primeiro grande teste será a origem dos R$ 150 milhões a mais que o estádio do Corinthians vai precisar para cumprir todos os pré-requisitos da FIFA se quiser realmente sediar a abertura do Mundial.

    A cada dia que passa, a possibilidade de que o governo federal venha a bancar essa brincadeira aumenta.

    Sobre a Fonte Nova, aqui tem um artigo interessante: http://thurly.net/08y3

    ResponderExcluir
  7. Pô! o que justifica esse prestigioso blog nada ter comentado sobre o fim da temporada nacional?

    2011 chegando, proponho, de cara, elegermos uma nova musa para o Garnizé. Ano novo, gata nova.

    Abs.

    Zeba.

    ResponderExcluir
  8. Querido Zeba, VOCÊ e o RODRIGO tinham os times com chances de ser campeão na última rodada e ficaram caladinhos..... parecia até que estavam com medo de se comprometer ou secar o time :-)))))

    Eu estranhei tamanho silêncio! rsrsrsrs

    Bom, já proponho um tema para debate: a unificação dos títulos nacionais é válida ou é marmelada??

    ResponderExcluir
  9. Boa Pimenta!!!

    Para mim, apesar de beneficiado com "mais um" título nacional, é uma grande marmelada esta unificação.

    Só não entendo qual o interesse por trás disso. Alguem tem um chute?

    ResponderExcluir
  10. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  11. Senta que lá vem história:

    A Taça Brasil equivalia à idéia original da Copa do Brasil:torneio mata-mata, disputado somente entre os campeões estaduais, sendo que os paulistas e cariocas entravam na semi-final. Ou seja, o Santos foi campeão em 60, por exemplo, disputando 4 partidas: 2 contra o América-RJ na semi e 2 contra o Bahia na final. E pronto.

    Já os torneios Roberto Gomes Pedrosa e a Taça de Prata tiveram já um esquema mais parecido com o que viria a se chamar campeonato brasileiro, disputado pelos 15 ou 16 times principais do Brasil. Em 1970, por exemplo, 17 times disputaram o torneio com fórmula muito semelhante com o campeonato brasileiro de 1971. O Fluminense foi campeão em 1970 disputando 19 jogos contra adversários como Cruzeiro, Palmeiras, Flamengo, Corinthians, Vasco, Atlético-MG, etc....

    Por fim, para se ter uma idéia de como a coisa pode ser quationável, em 1967, o Palmeiras foi campeão do Roberto Gomes Pedrosa(disputando uns 15 jogos contra os principais times) e da Taça Brasil (após vencer o Náutico em 3 partidas)....e, pelo critério da CBF, contabilizou 2 títulos brasileiros no mesmo ano.

    De qualquer forma, creio que alguma coisa teria que ser feita para incluir o Santos de Pelé e a Academia Palmeirense como legitimos campeões brasileiros.

    ET. Desnecessário dizer que apenas o ultimo parágrafo é meu. O resto é de um amigo fanático pelo esporte.

    ZEBA.

    ResponderExcluir
  12. Sobre a unificação das taças, comento com atraso, porque acho que essa unificação é besteira. Ninguém tira os méritos das conquistas anteriores a 71. São títulos "nacionais", mas dizer que são campeonatos brasileiros é forçar um pouco a barra.


    Outro assunto em atraso é o desse tópico: Salários dos deputados, se já comentávamos que era alto, agora com os mais de 60% de aumento que eles deram, o valor é astronômico. E quem deve estar rindo disso é o Tiririca. :P

    ResponderExcluir